Como uma pequena favela no Rio de Janeiro construiu sua própria rede de esgoto
24/junho/20220
A comunidade do Vale Encantado foi fundada no século 19 por trabalhadores nas plantações de café, antes da região ser reflorestada se tornando a Floresta da Tijuca, uma das maiores do mundo em perímetro urbano.
Por: Giulia Granchi |Créditos da foto: Douglas Dobby – REDE FAVELA SUSTENTÁVEL. Biossistema para tratamento de esgoto foi construído por moradores com a ajuda de parceiros
Os bisavôs de Otávio Barros, hoje presidente da Associação de Moradores e da cooperativa do Vale, mudaram-se para a região justamente para trabalhar nas plantações — e as gerações seguintes dedicaram-se a outras atividades, como agricultura e floricultura.
“Eu sou da quarta geração. Também teve uma fase de extração do granito, que causou desmatamento. Mas em 1989 as empresas foram embora. Muitas pessoas que vieram para trabalhar não se adaptaram e foram junto. Ficaram mais as famílias originarias.”
Após 150 anos o Vale Encantado se encontrou isolado na floresta, sem poder mais ganhar a vida através da extração de recursos naturais do entorno.
Hoje, de acordo com o último censo realizado pela associação de moradores, cerca de 100 pessoas compondo 40 famílias moram nas 27 casas da comunidade.
Em 2005, após a visita do francês Jérôme Auriac, presidente de uma ONG de desenvolvimento sustentável que atua no Brasil, Barros começou a considerar a ideia de que o Vale Encantado poderia ser um bom destino para o turismo sustentável, atividade que ajudaria a comunidade a gerar renda.
“Em 2007, após eu e um colega já estarmos formados como guias, um dos turistas que nos visitava perguntou se poderia tomar banho na cascata. Eu expliquei que não, porque o esgoto da comunidade era despejado ali. Seguimos com o passeio, mas aquilo me incomodou. Comecei a procurar alguma forma de melhorar o sistema de canalização, apesar de não ter conhecimentos técnicos”, diz.
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