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E se Assange, livre, vivesse no Brasil?

Defensores do jornalista que criou o Wikileaks encontram-se com Lula e vão ao Congresso Nacional. Presidente lembra que também foi encarcerado e reafirma apoio à luta pela liberdade do preso político mais importante do mundo

Por: Sara Vivacqua. Um ex-preso político em defesa de outro: em Brasília, Lula cumprimenta Joseph Farrell, embaixador do Wikileaks (ao centro) e Kristinn Hrafnsson, atual editor-chefe da publicação. Na imagem de capa, Assange veste a camiseta do Brasil em maio de 2011

O presidente eleito do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, recebeu ontem Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, e Joseph Farrell, embaixador da publicação, num encontro privado em Brasília, para discutir a condição de Julian Assange, detido por ter publicado textos e imagens que evidenciam crimes de guerra e corrupção no mais alto nível do Estado norte-americano.

Lula, ele próprio um ex-prisioneiro político, pronunciou-se há tempo sobre a ilegalidade da prisão de Assange e das tentativas de extradição pelos Estados Unidos. No encontro, o presidente eleito reiterou seu apoio ao fundador do WikiLeaks e se desejo de vê-lo livre.

Hoje, em Brasília, a delegação do WikiLeaks será recebida no Parlamento brasileiro pelo senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, e debaterá com deputados um conjunto de ações a ser adotadas a nível bilateral. A primeira delas será a entrega de uma carta à embaixadas dos EUA em Brasília, exortando autoridades norte-americanas a desistir das acusações a Assange.

No Centro Cultural Banco do Brasil, onde funciona o governo de transição de Lula, a delegação do WikiLeaks encontrou-se também com a deputada Marina Silva (Rede-SP). A ex-candidata à Presidência e líder ambientalista expressou total apoio à libertação de Assange. Afirmou que “não podemos salvar o planeta de um desastre climático sem transparência”.

A delegação viajará na quarta-feira ao Rio de Janeiro, onde concederá entrevista coletiva na sede Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A jornada terminará com uma recepção na casa do compositor Caetano Veloso.

 

Veja em: https://outraspalavras.net/movimentoserebeldias/e-se-assange-livre-vivesse-no-brasil/

 

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