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O que significará o resultado das presidenciais para a esquerda americana?

Para Micah Uetricht a esquerda norte-americana renasceu nos últimos quatro anos. A sua principal tarefa é ir concorrendo a várias eleições e incorporar-se nos sindicatos. O desafio é “construir um movimento que possa ganhar o tipo de políticas substantivas de esquerda que nenhum dos partidos tem para oferecer”.

Por Esquerda.net

Nos últimos quatro anos, a esquerda americana renasceu. A crescente raiva contra a desigualdade gritante, o endividamento e a miséria geral no país encontrou uma expressão política nas duas campanhas presidenciais de Bernie Sanders.

Estas campanhas produziram a ascensão de um movimento socialista americano pela primeira vez em meio século através do DSA, Democratas Socialistas da América, junto com grupos semelhantes como Sunrise Movement, uma força maior na defesa de um Green New Deal, e o grupo eleitoral progressista Justice Democrats.

Antes da campanha presidencial de Sanders, ele era o único no congresso que se auto-identificava como socialista – havendo ainda uns poucos em gabinetes estaduais e locais. Agora, membros do DSA como Alexandria Ocasio-Cortez e Rashida Tlaib foram eleitas para a Câmara dos Representantes, enquanto há cerca de cem socialistas eleitos noutras legislaturas: seis socialistas no Conselho Autárquico de Chicago, Julia Salazar e Jabari Brisport no Senado de Nova Iorque, Lee Carter na legislatura estadual da Virgínia, junto com muitos outros.

Entretanto, o DSA tem trabalhado em coligação com um vasto grupo de organizações e numerosas campanhas de sindicatos, grupos de defesa do direito a uma habitação acessível, contra as alterações climáticas, pelos direitos dos imigrantes e todos os outros assuntos mais importantes da política americana atual.

Mas por muito que esse renascimento seja animador, ninguém se deve deixar empolgar em demasia. A esquerda percorreu um caminho longo desde 2016 mas foi um caminho longo a partir de quase nada. Como o historiador Matt Karp o coloca: “a esquerda, depois de Bernie, finalmente tornou-se suficientemente forte para saber quão fraca realmente é”.

Seja qual for o candidato que ganhe nas próximas eleições presidenciais, este renascimento da esquerda não irá desaparecer. Mas o resultado vai determinar o terreno onde se vai travar a luta.

Saiba mais em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Pelo-Mundo/O-que-significara-o-resultado-das-presidenciais-para-a-esquerda-americana-/6/49234

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