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O vírus da desigualdade social persiste

Por Rick Baum / Créditos da foto: (Nathaniel St. Clair)

Nas últimas décadas, em tempos normais e anormais, a desigualdade econômica nos Estados Unidos vem aumentando.

O Conselho do Federal Reserve recentemente divulgou seus números sobre distribuição de riqueza nos EUA a partir de março. O 1% mais rico está, supostamente, bem feliz. Sua riqueza aumentou de 2,01 trilhões de dólares para 41,52 trilhões de dólares nos primeiros três meses de 2021, um aumento de mais de 5%.

Possivelmente, uma parte desproporcional do aumento foi para as pessoas no topo do 1%. Em 2020, de acordo com números do Federal Reserve, a riqueza mantida pelo 1% aumentou 14,88%. No entanto, utilizando o index da “Bloomberg Billionaires”, em 2020, os dez cidadãos mais ricos dos EUA, no final do ano, viram sua riqueza aumentar 47,9% levando o total para ,.0685 trilhões de dólares dos 730,29 bilhões de dólares do início do ano. As posses totais dos dez mais ricos no final de 2020, de acordo com o index da Bloomberg, representam 2,69% dos bens totais do 1% mais rico de acordo com números do Federal Reserve. Foi um aumento em relação aos 2,12% do início de 2020.

Esses números significam que entre o 1% mais rico, a desigualdade está ampliando entre os mais ricos e o resto do 1%.

O tamanho da riqueza de uma pessoa flutua o tempo todo, e, de acordo com o index da Bloomberg, em 23 de junho de 2021, os dez cidadãos mais ricos dos EUA terão um aumento de 166,79 bilhões de dólares em sua riqueza em comparação com o início do ano, um ganho de 15,7%.

Durante 2020, a riqueza de Musk aumentou 142 bilhões de dólares e a de Bezos 75,4 bilhões de dólares. Os maiores ganhadores até agora, esse ano, foram Larry Page com um ganho de 29,7 bilhões de dólares e Sergey Brin com 28,5 bilhões de dólares, ambos conectados à empresa Google; com Mark Zuckerberg, do Facebook, chegando em um distante terceiro lugar com um ganho de 23,3 bilhões de dólares. No entanto, os bens totais de Zuckerberg – 127 bilhões de dólares – permanecem à frente dos de Page e Brin, com 112 e 108 bilhões de dólares.

Ainda liderando o grupo de multimilionários e tendo quebrado a barreira dos 200 bilhões de dólares está Jeff Bezos com 202 bilhões de dólares, seguido por Elon Musk com 180 bilhões de dólares e Bill Gates com 145 bilhões de dólares. Por sorte, para Gates, mesmo se o seu divórcio forçá-lo a ceder metade de sua riqueza, à essa altura, tanto ele quanto sua futura ex permaneceriam na lista dos dez mais ricos cidadãos estadunidenses.

Internacionalmente, os maiores ganhadores até agora em 2021 são Bernard Arnault da França, cuja riqueza foi de 58,5 bilhões de dólares para 173 bilhões de dólares e Gautam Adani, descrito como um industrialista indiano. Sua riqueza quase dobrou, indo de 32,5 bilhões de dólares para um total de 66,3 bilhões de dólares. Enquanto a pandemia se alastrava pelos EUA em 2020, muitos dos estadunidenses mais ricos experimentaram grandes perdas. Adani pode estar passando pela mesma experiência. Sua riqueza cresceu rapidamente enquanto a Índia vivia um aumento na pandemia; sua riqueza passou de 22,5 bilhões de dólares em 2020 para 33,8 bilhões de dólares no final do ano.

Aqui estão alguns números do Conselho do Federal Reserve que permitem que comparemos o sucesso de todas as recentes administrações em permitir que os mais ricos acumulem não apenas mais riqueza, como também maiores porções da riqueza total do país durante seus mandatos:

O primeiro ano citado para cada presidente é seu primeiro trimestre no mandato (exceto Bush pai, já que a mesa começa no terceiro trimestre daquele ano). O último ano é o quarto trimestre daquele ano. 2007 para Bush filho é o terceiro trimestre em 2007, o maior nível de desigualdade durante seu regime e antes do efeito da grande recessão. 2019 para Trump é para o último trimestre daquele ano, para ilustrar que, ao final de 2020, mesmo com a pandemia e o declínio do primeiro trimestre, a riqueza do 1% aumentou mais de 5 trilhões de dólares, mais de 14,88%.

Esses números do Fed são constantemente revisados e podem ser diferentes dos números citados em artigos anteriores.

Saiba mais em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Pelo-Mundo/O-virus-da-desigualdade-social-persiste/6/51027

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