Segundo Eric Heymann, do Deutsche Bank, prosperidade envolve emissões de CO2, e a neutralidade desejada pela UE só será atingida com mudança de hábitos, “o que seria difícil de alcançar em democracias”.
A prosperidade material de um país ainda está intimamente relacionada a seu consumo de energia. E, como cerca de 80% do fornecimento global de energia ainda se baseia em combustíveis fósseis, um alto nível de prosperidade, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), tende a ser associado ao alto consumo de energia per capita.
E essa situação continuará assim, explicou Eric Heymann, analista do Deutsche Bank para indústria, política climática e tráfego, em entrevista à DW. Ele é autor do estudo Reiches Land – hoher CO2-Ausstoss (País rico – alta emissão de CO2), que analisou os países do G20, em especial os Estados Unidos.
Ele frisa que, na situação atual, a neutralidade climática, como almeja a União Europeia até 2050, só poderá ser alcançada se houver uma mudança maciça nos hábitos de produção e consumo: “E isso seria difícil de alcançar politicamente nas democracias. Como podemos ver neste momento, estamos apenas no início do debate sobre os custos da proteção climática, e ele já está sendo explorado por certas forças políticas.”
Saiba mais em: https://www.dw.com/pt-br/neutralidade-clim%C3%A1tica-at%C3%A9-2050-%C3%A9-uma-ilus%C3%A3o/a-52271059
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