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PF mira empresários que defendem golpe caso Lula vença

Ordens foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e miram endereços em cinco estados.

Créditos da foto: Cris Faga/picture alliance/NurPhoto

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (23/08) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas que defenderam, em conversas em grupos de aplicativo de mensagens, um golpe de Estado no caso de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, vença as eleições de outubro.

As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e miram endereços em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Moraes determinou também que os empresários sejam ouvidos pela PF, que as contas bancárias e em redes sociais deles sejam bloqueadas e quebra de sigilos bancários.

Entre os alvos estão Luciano Hang (Havan) José Isaac Peres (rede de shoppings Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).

As conversas dos empresários no aplicativo WhatsApp foram reveladas pelo portal Metrópoles. Após a publicação das mensagens, advogados e entidades apresentaram ao STF um pedido para uma investigação no âmbito do inquérito das milícias digitais, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

O que dizem os empresários

Daniel Maia, advogado do empresário Afrânio Barreira, disse, segundo o site G1, que a operação é “fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não têm nenhum fundamento”. Ele acrescentou que seu cliente está “absolutamente tranquilo e colaborando com a busca da verdade, a qual resultará no arquivamento da investigação”.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa”, disse Luciano Hang, segundo sua defesa. “Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros”, prosseguiu. Hang também disse que foi vítima “da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil”.

De acordo com o G1, a defesa de Ivan Wrobel disse que o cliente tem “histórico de vida completamente ligado à liberdade”. “Colaboraremos com o que for preciso para demonstrar que as acusações contra ele não condizem com a realidade dos fatos”.

Também de acodo com o G1, a assessoria de Luiz André Tissot disse que o empresário não vai comentar o assunto, enquanto a defesa de Marco Aurélio Raymundo alega que o cliente “desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos”.

 

Veja em: https://www.dw.com/pt-br/pf-faz-opera%C3%A7%C3%A3o-contra-empres%C3%A1rios-bolsonaristas-que-defendem-golpe-caso-lula-ven%C3%A7a/a-62899725

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