5 coisas que o Brasil e outros países podem aprender com a crise de segurança no Equador
19/janeiro/20240
Por: Fernanda Paúl | Créditos da foto: GETTY IMAGES. A violência no Equador continua se agravando, apesar de reforço na atuação das forças de segurança
Um ataque violento a uma emissora de televisão, sequestros de policiais, fugas de importantes líderes criminosos das prisões e incursões de grupos armados em universidades são alguns dos episódios que atingiram o país nos últimos dias.
Isso tudo levou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, a declarar a existência de um “conflito armado interno” no país, pedindo às Forças Armadas que ajudaessem a restabelecer a ordem.
A crise de segurança no Equador agravou-se especialmente nos últimos 4 anos.
Em 2023, o Equador bateu o seu recorde histórico de homicídios com 7.878, um aumento drástico em comparação com os 1.187 registrados em 2019.
O país se tornou um importante centro regional de armazenamento, processamento e distribuição de drogas, o que fortaleceu as mais de 20 facções criminosas que nele operam.
Diante desta situação complexa, o que outros países, como o Brasil, podem aprender com o que está acontecendo hoje no Equador?
1. Maior (e melhor) presença estatal
Especialistas consultados pela BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, concordam que uma das coisas mais importantes para impedir o avanço do crime organizado é a presença do Estado em diferentes territórios.
“No Equador, temos um Estado que evaporou, que se tornou invisível ou que, quando está presente, está presente de forma negativa”, explica Douglas Farah, consultor e analista de segurança nacional, que estuda a América Latina há mais de três décadas.
“É fundamental que os países redesenhem os seus sistemas para que o Estado seja visto como um agente positivo”, acrescenta.
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