No livro em que registra as viagens empreendidas ao Brasil do século 16, o aventureiro alemão Hans Staden (1525-1576) reproduz uma conversa com o líder tupinambá Cunhambebe. À pergunta do europeu se não lhe incomodava comer outro homem, o indígena respondeu de pronto: “eu sou onça!”
No imaginário popular
Figura central nas cosmogonias dos povos originários do continente, a onça estaria vagando pela terra desde o alvorecer do mundo. Para várias tradições, sua pelagem simboliza o firmamento e suas pintas as estrelas. Está presente na mitologia maia como o deus jaguar Balam, emblema de poder e ambivalência, costurando dia e noite; caos e ordem.
Técnicos do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) encontraram no início da década de 1930 em uma das pirâmides de Chichén Itzá, na Península de Yucatán, uma relíquia arqueológica considerada das mais preciosas do país: um trono de pedra em forma de jaguar vermelho. Para os maias, esse trono permitia que seu governante se transformasse espiritualmente no animal para proteger a cidade e seus habitantes.
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