Prof. Dr. Sergio Nunes, publica novo artigo.
VICO E A FILOSOFIA ECOLÓGICA
Uma relação possível
Traçar o modelo da mente primigênia em GiambattistaVico (1977) o como radiografia da sua estrutura natural, sem dúvida é um feito inusitado que requer leitura e investigação criteriosas e, mesmo assim, sem esgotar o assunto, mas tão somente enuncia-lo como viés de uma redoma pouco ainda pesquisada, que se torna para nós uma tarefa hercúlea e por vezes uma pretensão desmedida. Seu alcance não visa apenas descrever ou explicitar a estrutura subjacente à mente primigênia, mas sobretudo, problematizar os diversos campos hoje debatidos pela Filosofia da Mente, Filosofia Informacional e Filosofia Ecológica, na tentativa de contribuir para a elucidação das questões hoje tão presentes e pertinentes no mundo acadêmico. A formação de uma “mente natural” no seu nível mais básico e primário, presente em organismos vivos, como animais e vegetais, podem nos fornecer elementos argumentativos e teóricos que possam nos ajudar a compreender melhor as limitações e dificuldades que as ciências apresentam na sua episteme, para redirecionar metodologicamente seus procedimentos teóricos e experimentais que visem uma novo paradigma ou uma nova visão no modus operandi da ciência. Para dar conta desta questão, que consiste na formação de uma “mente natural”, Vico haveria de ampliar o seu olhar, mudar seu enfoque e perceber a possibilidade de síntese entre pensamentos diversos e contrários.
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