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17 vencedores do Nobel de economia dizem não ao austericídio

Por César Locatelli |Créditos da foto: (Simela Pantzartzi/EPA)

Em carta aberta à nação, economistas norte-americanos, laureados com o prêmio Nobel, saúdam a reversão de anos de desinvestimento em bens públicos. Saúdam investimentos essenciais em educação pública, em pesquisa e desenvolvimento, entre outros. Saúdam uma reforma fiscal que torne o sistema mais equitativo e com capacidade para financiar o investimento público.

Oxalá os economistas conservadores brasileiros reflitam sobre a carta aberta que se segue.

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Carta aberta dos ganhadores do Prêmio Nobel em apoio à agenda de recuperação econômica

A economia norte-americana parece pronta para uma recuperação robusta, em parte devido às intervenções ativas do governo no último ano e meio, incluindo o Plano de Resgate do Presidente Biden. Porém, reverter anos de desinvestimento em bens públicos e atender às necessidades de longo prazo do país – incluindo a construção em direção ao crescimento sustentável e inclusivo e a facilitação de nossa transição para energia limpa – exigirá mais.

O sucesso no século 21 exigirá a construção do acordo bipartidário de infraestrutura aprovado pelo Senado, que prioriza os investimentos na infraestrutura “pesada” de nosso país. A agenda Build Back Better [Reconstruir Melhor] do presidente emprega uma concepção mais ampla de infraestrutura, fazendo investimentos essenciais em capital humano, economia de cuidado, pesquisa e desenvolvimento, educação pública e muito mais, o que reduzirá os custos das famílias.

Embora todos nós tenhamos opiniões diferentes sobre as particularidades de várias políticas econômicas, acreditamos que os principais componentes dessa agenda mais ampla são essenciais – incluindo reformas fiscais que tornem nosso sistema tributário mais equitativo e que permitam que nosso sistema arrecade os fundos adicionais necessários para facilitar o necessário investimentos públicos e atingir nossos objetivos coletivos. Como essa agenda investe na capacidade econômica de longo prazo e aumentará a capacidade de mais norte-americanos participarem produtivamente da economia, ela aliviará as pressões inflacionárias de longo prazo.

Assinado por 17 ganhadores do Prêmio Nobel de Ciências Econômicas:

– George A. Akerlof, professor, Universidade de Georgetown

– Sir Angus Deaton, Professor, Universidade de Princeton

– Peter Diamond, Professor, Instituto de Tecnologia de Massachusetts

– Robert Engle, Professor Emérito e Co-Diretor do Volatility and Risk Institute, Universidade de Nova York

– Oliver Hart, professor, Universidade de Harvard

– Daniel Kahneman, professor, Universidade de Princeton

– Eric S. Maskin, professor, Universidade de Harvard

– Daniel McFadden, professor, Universidade da Califórnia, Berkley

– Paul Milgrom, professor, Universidade de Stanford

– Roger Myerson, professor, Universidade de Chicago

– Edmund S. Phelps, professor e diretor do Center on Capitalism and Society, Columbia University

– Paul Romer, Professor, Universidade de Nova York

– William Sharpe, Professor Emérito, Universidade de Stanford

– Robert Shiller, professor, Universidade de Yale

– Christopher Sims, professor, Universidade de Princeton

– Robert Solow, Professor Emérito, Instituto de Tecnologia de Massachusetts

– Joseph Stiglitz, professor, Columbia University

Veja em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/17-vencedores-do-Nobel-de-economia-dizem-nao-ao-austericidio/7/51720

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