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Qual economia da cultura no pós-pesadelo?

Ciclo de debates vislumbra um novo setor na retomada democrática. Como ir além do que havia e construir o Sistema Nacional de Cultura? O poder simbólico e econômico das festas populares. O resgate do Cultura Viva e do Fundo do Audiovisual

Por: Redação Outras Palavras

A guerra cultural é uma das marcas do fascismo em qualquer tempo, e o bolsonarismo reafirma essa regra. O campo reacionário cria coesão definindo seus inimigos, e a arte e a cultura são campos prioritários justamente porque mobilizam o imaginário, o campo simbólico. Ou seja, a guerra cultural é uma guerra contra a cultura em sua multiplicidade e riqueza histórica e social.

Contra esse ataque, o setor cultural é chamado a se manifestar e se organizar em defesa da democracia. Mas não só: é preciso pensar desde já em como reconstruir as bases econômicas da cultura que foram duramente atingidas pelo governo Bolsonaro. E avançar, pois restaurar o “velho normal” já não será suficiente para o espaço que nossos anseios desejam ocupar. Poderemos finalmente construir um Sistema Nacional de Cultura que contemple a diversidade de situações pelas quais a cultura existe em nossa sociedade? E pensar novos mecanismos de financiamento e de ativação da economia da cultura, dando conta da diversidade de situações criativas e sociais que ela contempla? Ao mesmo tempo, como não se deixar capturar pelo economicismo que às vezes toma conta da discussão sobre a cultura, mantendo a circulação e o uso dos bens culturais no primeiro plano e a serviço do Comum?

 

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