A violência decorrente de contaminação por agrotóxicos no Brasil aumentou mais de 850% em um ano, aponta a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em um relatório sobre conflitos do campo divulgado nesta segunda-feira (02/12). Foram 182 casos de contaminação registrados no primeiro semestre deste ano, frente a 19 no mesmo período do ano passado.
De acordo com a organização, a maior parte das ocorrências (156) foi registrada no Maranhão, “onde comunidades estão sofrendo severas consequências da pulverização aérea do veneno”.
“A contaminação por agrotóxicos é uma violência contra as condições de existência das comunidades. Ela está relacionada ao avanço da fronteira agrícola e à expansão das monoculturas transgênicas altamente dependentes de agrotóxicos”, afirma Valéria Pereira Santos, da Coordenação Nacional da CPT.
“Em 2024, o maior registro de ocorrência dessa violência ocorreu no estado do Maranhão devido à articulação de organizações e comunidades, que intensificaram as denúncias de contaminação de comunidades por meio da pulverização aérea. Como ação de resistência, está sendo promovida uma campanha pela aprovação de um projeto de lei contra a pulverização aérea”, diz Santos.
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