Por: Vinícius Mendes | Crédito Foto: Felipe Larozza/BBC. Com dois filhos, Mariana da Mota depende do Bolsa Família e da renda da mãe dela, que é doméstica
Na tarde da mesma segunda-feira em que o governo brasileiro lançou a ideia de uma aliança global contra a fome e a pobreza, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Carina não tinha o que jantar.
Passava da metade do mês e ela já tinha usado todos os R$ 750 que recebe do Bolsa Família com os gastos básicos da filha, Luana, que acabou de passar pelo primeiro ano de vida — leite, fraldas, lenço umedecido e remédios após uma cirurgia.
As duas também tinham comido toda a cesta básica doada por um projeto social em Jardim Germânia, no extremo sul da cidade de São Paulo. Elas vivem ali há cerca de cinco meses, desde que chegaram de Pernambuco.
Então, Carina recorreu ao primeiro lugar que veio à cabeça: uma pequena Assembleia de Deus cujo panfleto havia pegado, por pena do rapaz que os entregava em um ponto de ônibus, dias antes.
Publicado originalmente em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c99xv1873elo
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