Barry Arm é uma estreita entrada do mar na costa sul do Alasca. Esta pequena área, porém, representa hoje uma ameaça com potenciais catastróficos.
Boris Miranda
Geólogos acreditam que as mudanças climáticas podem produzir ali um deslizamento de gelo e pedras capaz de provocar um tsunami na região.
Este seria apenas um dos “possíveis efeitos devastadores” das mudanças climáticas no Alasca e em outras regiões do Ártico, segundo a pesquisadora Anna Liljedahl — e eles poderiam aparecer já nos próximos anos.
A geóloga diz à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que a preocupação sobre o Barry Arm é muito grande porque ele poderia gerar um deslizamento muito maior do que todos os vistos no século 20.
“São fenômenos diferentes dos que conhecíamos antes. E o pior é que acreditamos que eles se tornarão cada vez mais frequentes”, diz a geóloga, do Centro de Pesquisa Woods Hole, no Alasca.
Ela acrescenta que a energia de um deslizamento de terra como este poderia exceder a de um terremoto de magnitude 7.
“Esta é uma combinação muito perigosa e é apenas um dos exemplos dos perigos que temos no Alasca”, diz ele.
Frente a esses alertas, a Divisão de Estudos Geológicos e Geofísicos do Alasca expressou cautela e afirmou que monitora permanentemente possíveis movimentos de terra e deslizamentos na área.
O órgão diz ainda que produz modelos para prever o tamanho que um tsunami poderia ter — e como se espalharia.
A preocupação
O estreito de Barry Arm está localizado na Baía de Prince William Sound, no Golfo do Alasca.
É uma área com presença frequente de pescadores e que, antes da pandemia, também recebia turistas em navios de cruzeiro.
Um deslizamento de milhões de toneladas poderia acabar com essas atividades econômicas locais por tempo indeterminado, além de colocar centenas de vidas em risco.
Saiba mais em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-54727308
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