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A música e a resiliência da consciência negra

Um encontro único: a regência de uma maestra negra e a composição de um maestro negro numa orquestra conservadora. Um exemplo, ressaltam eles, da resiliência dos negros ocupando lugares que até então não eram possíveis.

Por Marina Oliveto

Um encontro único entre a maestra Alba Bomfim e o compositor e maestro João Carlos Rocha:
a sinfonieta inédita foi regida durante a homenagem ao Dia da Consciência Negra, na Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), um feito que alimenta a reflexão sobre o momento do negro na sociedade brasileira.

Para o maestro João Carlos Rocha, a música negra é uma resiliência que, por mais alegre que possa ser, é um grito de revolta. Para ele, a sociedade brasileira sofreu um choque e as mudanças sociais colocam a vida dos negros em risco.

Para a maestra Alba, mesmo com os desafios, ser negro e músico no Brasil é um prazer. “Nós fazemos parte de uma história que artisticamente no Brasil a gente não via, onde nós negros, antes, não éramos vistos como protagonistas neste tipo de arte”, afirmou a maestra. “Eu posso te dizer: é um desafio ser artista, ser músico, ser regente, maestro, maestra, compositor, no Brasil? Imenso. Mas é muito bom, é muito bom.”

 

Veja em: https://www.dw.com/pt-br/a-m%C3%BAsica-e-a-resili%C3%AAncia-da-consci%C3%AAncia-negra/video-59885505

 

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