Marca é alcançada 37 dias depois de o país ter registrado 500 mil óbitos pela doença. Média móvel de novas mortes por dia está em 1.107, e total de infectados vai a 19,7 milhões.
O Brasil superou nesta segunda-feira (26/07) a marca das 550 mil mortes ligadas à covid-19. Foram mais 578 óbitos nas últimas 24 horas, elevando o total a 550.502, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).
O número foi alcançado 37 dias depois de o país ter registrado 500 mil mortes pela doença. Nesse período, a oposição realizou três protestos de rua em centenas de cidades do país contra as medidas adotadas pelo governo para lidar com a pandemia, e uma CPI no Senado revelou escândalos relacionados à compra de vacinas.
Também foram confirmados nesta segunda 18.999 novos casos da doença. Com isso, o total de infecções reportadas no país chega a 19.707.662.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
A média móvel de novas mortes (soma dos óbitos nos últimos sete dias e a divisão do resultado por sete) ficou em 1.107, e a média móvel de novos casos, em 45.117.
Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 262 no Brasil, a 8ª mais alta do mundo, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 610 mil óbitos, mas têm população bem maior. É ainda o terceiro país com mais casos confirmados, após EUA (34,4 milhões) e Índia (31,4 milhões).
O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 18.349.436 pacientes no Brasil haviam se recuperado da doença até a noite de domingo.
No entanto, o governo não especifica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo. A forma como o governo propagandeia o número de “recuperados” já foi criticada por cientistas, que classificam o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.
Estudos no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da “covid longa” meses após o vírus ter deixado o organismo. Um estudo alemão apontou que sequelas podem surgir até meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-covid.
Ao todo, mais de 194 milhões de pessoas contraíram oficialmente o coronavírus no mundo, e foram notificadas 4,16 milhões de mortes associadas à doença, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
Vejahttps://www.dw.com/pt-br/brasil-supera-os-550-mil-mortos-por-covid-19/a-58651980 em:
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