Os Estados Unidos têm mais 800 bases militares em dezenas de países ao redor do mundo. Nossa luta é para que todas sejam desmontadas – afinal, o mundo se tornou um lugar mais perigoso e distópicos com elas.
Por: Editores | Tradução: Cauê Seignemartin Ameni | Imagem: Fornecido por David Vine e Kelly Martin Designs. Mapas do livro Base Nation: How US Military Bases Abroad Harm America and the World, escrito por David Vine (Metropolitan Books, 2015)
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os militares norte-americanos se comprometeram com uma nova estratégia agressiva, servindo como policial e regulador do capitalismo global. Essa estratégia, mantida com tanto rigor pelos governos tanto democratas quanto pelos republicanos, resultou na criação de centenas de bases militares dos EUA mundo afora.
Em seu livro Base Nation, o antropólogo David Vine mostra quão extensa é realmente essa rede de bases militares no exterior, com cerca de 800 bases abrigando cerca de meio milhão de norte-americanos no exterior. Bases “Lily pad”, pequenos locais onde as aeronaves podem ser lançadas e que muitas vezes operam em segredo, proliferaram especialmente desde o início da Guerra ao Terror.
Em 2009, o ex-presidente equatoriano Rafael Correa justificou sua recusa em renovar um arrendamento militar dos EUA em seu país com uma piada, dizendo: “Se não houver problema em ter soldados em solo de outro país, certamente eles nos deixarão ter uma base equatoriana nos Estados Unidos”. O ponto de vista de Correa era claro: o mundo está menos seguro com essas bases. E, por isso, todos eles devem ser contra elas.
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