Ex-vice-presidente é nomeado candidato democrata para concorrer à presidência dos Estados Unidos. Em discurso, Biden destaca sua experiência política e acusa Trump de fracassar na gestão da crise gerada pela pandemia.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden aceitou formalmente nesta quinta-feira (21/08) a nomeação para concorrer à presidência pelo Partido Democrata. Ele prometeu tirar o país dos “tempos de escuridão”, após quase quatro anos do governo de seu adversário nas eleições de novembro, o presidente Donald Trump.
“O atual presidente mergulhou os EUA na escuridão por tempo demais. Há demasiada raiva, demasiado medo, demasiada divisão”, acusou Biden. “Aqui e agora, dou minha palavra, se me confiarem a presidência, vou recorrer ao que há de melhor em nós, não o pior.”
“Serei um aliado da luz, não da escuridão”, completou. “E, não se enganem, juntos podemos e poderemos superar esse período de escuridão”, destacou.
Biden ressaltou que o momento atual é “um dos mais difíceis que os Estados Unidos já enfrentaram”, com os problemas no país agravados pela a pandemia de covid-19, que gerou o que chamou de “a maior crise econômica desde a Grande Depressão”, juntamente com “o maior movimento pelos direitos civis [afro-americanos] desde os anos 1960”.
O democrata criticou a gestão do governo Trump na crise gerada pelo novo coronavírus, acusando o presidente de fracassar “em seu dever mais fundamental para com os Estados Unidos”. “Ele não nos protegeu, e, meus compatriotas americanos, isso é imperdoável. O presidente ainda não tem um plano. Mas, eu tenho”, afirmou o candidato no último dia da convenção do partido, realizada de forma virtual, em razão da pandemia de covid-19.
Biden, que passou grande parte de sua campanha denunciando e rebatendo as críticas de Trump, utilizou seu discurso na convenção para se apresentar como um político experiente e também para mostrar algumas dificuldades que atravessou em sua vida pessoal, buscando uma identificação com as pessoas que enfrentam problemas em razão da pandemia e da crise econômica.
Ele garantiu que sua eleição irá assegurar os direitos dos desempregados, das vítimas da pandemia e “das comunidades que conheceram a injustiça de um joelho no pescoço”, em referência ao homicídio do George Floyd, um homem negro de 46 anos morto pela polícia em Minneapolis, cuja morte originou protestos em massa no país e no mundo contra o racismo e a violência policial.
Se eleito, Biden, com 77 anos, será o presidente mais velho da história dos Estados Unidos. Ao final do discurso, fogos de artifício deram um tom de comemoração ao evento marcado pela ausência de público, que normalmente são realizados em arenas lotadas de militantes e apoiadores do partido.
Após o discurso, Trump evitou rebater as críticas de Biden. Por meio do Twitter, ele se limitou a dizer que “em 47 anos, Joe não fez nenhuma das coisas de que fala agora” e alegou que as promessas seriam apenas “palavras” do adversário.
Veja em: https://www.dw.com/pt-br/biden-promete-tirar-os-eua-dos-tempos-de-escurid%C3%A3o/a-54645759
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