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Mesmo com auxílio emergencial, crise empurra desempregados para viver na rua

8 fotos – O número de sem-teto aumentou na cidade de São Paulo desde o início da pandemia, de acordo com serviços de atendimento voluntário às pessoas em situação de rua

Toni Pires / Heloísa Mendonça

O número de pessoas nas ruas aumentou na cidade de São Paulo desde o início da pandemia, segundo serviços de atendimento voluntário a sem-teto da cidade.
  1. O número de pessoas nas ruas aumentou na cidade de São Paulo desde o início da pandemia, segundo serviços de atendimento voluntário a sem-teto da cidade.

TONI PIRES

De acordo como o movimento estadual da população em situação de rua, o número de refeições que eles oferecem para pessoas em situação vulnerável cresceu de 200 pratos, por dia, para 2.000. "Muitas pessoas que ficaram sem dinheiro passaram a viver na rua", diz o presidente do movimento, Robson Mendonça.

2- De acordo como o movimento estadual da população em situação de rua, o número de refeições que eles oferecem para pessoas em situação vulnerável cresceu de 200 pratos, por dia, para 2.000. “Muitas pessoas que ficaram sem dinheiro passaram a viver na rua”, diz o presidente do movimento, Robson Mendonça.

TONI PIRES

A crise gerada pelo coronavírus levou embora, no fim de março, o emprego de carteira assinada de Jocelino da Silva Lima, de 47 anos, que trabalhava em uma prestadora de serviços de limpeza em São Paulo. Sem renda, o cearense, natural de Fortaleza, se viu obrigado a devolver em abril a kitnet que alugava, por 600 reais, na região central, e teve que começar a viver nas ruas da capital com apenas três mudas de roupas dentro de uma sacola vermelha.

3- A crise gerada pelo coronavírus levou embora, no fim de março, o emprego de carteira assinada de Jocelino da Silva Lima, de 47 anos, que trabalhava em uma prestadora de serviços de limpeza em São Paulo. Sem renda, o cearense, natural de Fortaleza, se viu obrigado a devolver em abril a kitnet que alugava, por 600 reais, na região central, e teve que começar a viver nas ruas da capital com apenas três mudas de roupas dentro de uma sacola vermelha.

TONI PIRES

“É uma situação muito triste, durmo aonde dá. Às vezes, no papelão no Vale do Anhangabaú. Tento vagas em albergues também. A minha vida se tornou procurar diariamente um lugar para dormir”, conta Jocelino entre uma garfada e outra na marmita de arroz e frango, que foi buscar na quadra dos Sindicato dos Bancários, onde o Movimento Estadual da População em situação de Rua está servindo diariamente almoço e café da manhã.

4- “É uma situação muito triste, durmo aonde dá. Às vezes, no papelão no Vale do Anhangabaú. Tento vagas em albergues também. A minha vida se tornou procurar diariamente um lugar para dormir”, conta Jocelino entre uma garfada e outra na marmita de arroz e frango, que foi buscar na quadra dos Sindicato dos Bancários, onde o Movimento Estadual da População em situação de Rua está servindo diariamente almoço e café da manhã.

TONI PIRES

“Quando recebi a primeira parcela do auxílio emergencial, pensei em tentar voltar a alugar um lugar, mas o dinheiro iria embora só no aluguel. Teriam outras contas e a comida. A gente também não sabe até quando o Governo vai continuar pagar, eles já falaram que vão diminuir, então fica ainda mais difícil conseguir”, diz Jocelino.

5- “Quando recebi a primeira parcela do auxílio emergencial, pensei em tentar voltar a alugar um lugar, mas o dinheiro iria embora só no aluguel. Teriam outras contas e a comida. A gente também não sabe até quando o Governo vai continuar pagar, eles já falaram que vão diminuir, então fica ainda mais difícil conseguir”, diz Jocelino.

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Robson Vasconcelos, de 28 anos, já está há alguns meses morando em um albergue que acolhe pessoas em situação de rua. Mesmo com o auxílio emergencial, ele não conseguiu achar um local para alugar. "Na verdade consegui comprar um pouco de roupa e um celular", conta.

6- Robson Vasconcelos, de 28 anos, já está há alguns meses morando em um albergue que acolhe pessoas em situação de rua. Mesmo com o auxílio emergencial, ele não conseguiu achar um local para alugar. “Na verdade consegui comprar um pouco de roupa e um celular”, conta.

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Segundo o censo municipal de São Paulo, a população de rua na cidade somou 24.344 pessoas em 2019, um salto de 53% em quatro anos. Em 2015, as pessoas nessa situação somavam 15.900.

7- Segundo o censo municipal de São Paulo, a população de rua na cidade somou 24.344 pessoas em 2019, um salto de 53% em quatro anos. Em 2015, as pessoas nessa situação somavam 15.900.

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Maria Ursula Gomes, de 43 anos, vive em uma barraca no centro da cidade há vários meses. com problemas de saúde, ela tenta uma aposentadoria por invalidez. "É a única forma de eu sair da rua".

8- Maria Ursula Gomes, de 43 anos, vive em uma barraca no centro da cidade há vários meses. com problemas de saúde, ela tenta uma aposentadoria por invalidez. “É a única forma de eu sair da rua”.

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Veja em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020/08/29/album/1598655501_248439.html#foto_gal_8

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