Belém, Belém acordou a feira
Que é bem na beira do Guajará
Belém, Belém, menina morena
Vem Ver-o-Peso do meu cantar
(Chico Sena)
Por Vários autores
Nos próximos dias teremos uma disputa vital para a sociedade e para nós moradores e amantes da querida Belém. A eleição municipal deste ano se reveste de um conjunto de questões novas e muitas nem tanto, necessárias a reflexão social e econômica, principalmente, ao enfrentamento da disputa pelo destino próximo da sociedade brasileira, a violência contra o nosso povo, o impacto da pandemia que até aqui já vitimou cerca de 167 mil brasileiros e as condições de vida dignas que todos merecemos.
Assim, não teremos em 29 de Novembro deste ano uma disputa qualquer, ou atenta somente a uma agenda com aspectos pontuais, ao inverso, a disputa será de conteúdo amplo e colocará em questão os próximos movimentos tanto das relações de convívio e melhor viver na nossa cidade, quanto suas repercussões sobre a conjuntura brasileira e o confronto as forças conservadoras e fascistas, que pregam a mentira e o ódio.
Durante os últimos 16 anos, Belém ficou na prática sem administração municipal, ou pelo menos, de uma gestão municipal que atendesse as necessidades principais da maior parte população e tivesse capacidade administrar os problemas que se acumulam na cidade. Os grupos oligárquicos e o poder midiático conseguiram sempre eleger seus candidatos. Prevaleceu nesse período uma relação entre interesses privados e o patrimônio público que não priorizou o bem-estar da população, a cidade fragmentou-se, os espaços e equipamentos públicos se deterioraram e seu povo empobreceu, mesmo para os critérios da sociedade brasileira.
Somos professores universitários, economistas e estudantes de economia, trabalhadores e trabalhadoras que entendem que cuidar da sua cidade, tratar o bem público como parte do bem viver são fundamentais. Nossa percepção é de uma economia solidária, baseada no cuidado das pessoas e na proteção da vida. Nessa direção, consideramos que a defesa do meio ambiente constitui cerne de qualquer intervenção produtiva, garantido que a vida na cidade seja a de melhor convívio com suas florestas e seus rios.
Somos economistas que defendem condições dignas de trabalho, emprego e renda para o nosso povo. A desocupação/desemprego constitui um dos principais problemas de Belém. No primeiro trimestre de 2020, havia aproximadamente 60.000 mulheres desempregadas, o que representa uma taxa de desemprego de 16,2%. Simultaneamente, aproximadamente 42.000 homens estavam desocupados, o que representa uma taxa de desocupação de 10,3% entre os homens no mercado de trabalho.
Defendemos uma economia voltada para a dignidade da pessoa, que gere trabalho e renda, possibilitando que um forte mercado local possa incluir mais e mais trabalhadores as condições dignas de vida e reprodução social.
Somos economistas que defendem políticas de organização social e garantia de renda para nossa população mais atingida pela crise econômica e da pandemia do Covid-19. Também defendemos política de crédito social e uma agenda de negócios locais e inovação tecnológica baseada na bioeconomia, organização do sistema de produção e comercialização de alimentos, mercadorias e serviços, uma política de renda emergencial e políticas de soberania alimentar e geração de renda. Defendemos o desenvolvimento sustentável do turismo em Belém, a economia da cultura e economia solidária.
Para cuidar de Belém é que defendemos Edmilson Rodrigues para governar Belém e para defender um projeto de uma Belém de vida e futuro.
Saiba mais em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Para-Cuidar-De-Belem-Carta-dos-Economistas-em-Apoio-a-Edmilson-Prefeito/4/49310
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