No início do século 20, dois pioneiros da fotografia polar, Ponting e Herbert, tornaram visível ao público a realidade de um território inexplorado: a Antártica. Uma exposição apresenta seu trabalho.
Gloria Crespo Maclennan
1- Gelo rompido, reflexos e a Terra Nova. 7 de janeiro, 1911.
Em 1º de junho de 1910, um baleeiro de 57 metros de comprimento e 9,6 metros de largura deixou Londres. Lá dentro, 64 homens empreenderam uma missão heroica aos mares gelados da Antártida. Era a lendária expedição Terra Nova. Liderando a tripulação estava o capitão da Marinha Real Britânica Robert Falcon Scott (1868-1912).
HERBERT G. PONTING / THE SCOTT POLAR RESEARCH INSTITUTE / CORTESÍA DE GALERÍA ATLAS
2- O capitão Scott durante uma sessão de fotografia com Ponting. 8 de outubro, 1911.
Foi a segunda e última façanha deste popular herói por terras desconhecidas, das quais nunca mais voltou. Tampouco conseguiu realizar o sonho que iluminou sua imaginação e a da tripulação: ser o primeiro a chegar ao Polo Sul, já que o explorador norueguês Roald Amundsen assumiu a dianteira por 34 dias.
HERBERT G. PONTING / THE SCOTT POLAR RESEARCH INSTITUTE / CORTESÍA DE GALERÍA ATLAS
3-Perfil do monte Erebus. 8 de outubro, 1911.
Mais afortunado do que a tripulação da Terra Nova foi o fotógrafo e cineasta Herbert G. Ponting (1870-1935), que participou da aventura como fotógrafo oficial e conseguiu retornar à Inglaterra com mais de mil imagens do misterioso e gelado continente: o diário visual de um feito heroico sem final feliz.
HERBERT G. PONTING / THE SCOTT POLAR RESEARCH INSTITUTE / CORTESÍA DE GALERÍA ATLAS
4- A Terra Nova, junto a um iceberg. 16 de janeiro, 1911.
O formidável empreendimento concebido por Ernest Shackleton a bordo do Endurance também não obteria sucesso: cruzar o continente Antártico de ponta a ponta pela primeira vez, entrar em mares congelados e enfrentar perigos desconhecidos, navegar entre icebergs do tamanho de castelos, em um clima que registra a temperatura mais fria da Terra.
HERBERT G. PONTING / THE SCOTT POLAR RESEARCH INSTITUTE / CORTESÍA DE GALERÍA ATLAS
5- Galerna no oceano Antártico. Março, 1912.
Não havia obstáculo capaz de deter a determinação de Ernest Shackleton, esse intrépido expedicionário irlandês para quem o único fracasso possível era não querer explorar. Frank Hurley (1885-1962) foi contratado como fotógrafo oficial junto com 27 homens que atenderam a um anúncio publicado pelo The Times que dizia: “Homens procurados para viagens perigosas. Salário baixo. Frio extremo. Longos meses de escuridão total. Perigo constante. O retorno não é garantido. Honra e reconhecimento em caso de sucesso”. Mais de 5.000 candidatos se apresentaram.
HERBERT G. PONTING / THE SCOTT POLAR RESEARCH INSTITUTE / CORTESÍA DE GALERÍA ATLAS
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