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Após 9 dias de greve geral, presidente do Equador aceita diálogo com movimento indígena

Negociações entre Executivo e setores populares serão mediadas por comissão independente

Créditos da foto: Confeniae. Organizações indígenas mantêm paralisação nacional por nove dias no Equador

No Equador, o presidente Guillermo Lasso confirmou que irá participar da mesa de diálogo convocada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) durante a greve geral. Seis das 24 províncias do país permanecem sob estado de sítio, decretado na última segunda-feira (20). Após nove dias de mobilizações, cerca de 80 pessoas foram detidas, 74 feridas e duas faleceram, segundo levantamento de organizações de direitos humanos.

“O governo nacional acolheu grande parte das sugestões apresentadas pela agenda da Conaie, com medidas compensatórias anunciadas publicamente, mas estamos conscientes de que o processo de solução dos problemas do país é dinâmico”, declarou o mandatário em nota.

O ministro de Produção Júlio José Prado assegura que a greve gerou cerca de US$ 110 milhões em perdas para o comércio e turismo. Antes de encontrar-se com representantes de cerca de 300 organizações populares, o Executivo reuniu-se com 35 empresários e anunciou um crédito de US$ 20 milhões para atender os prejuízos.

A mesa de diálogo entre governo e representantes do setor mobilizado seria mediada por uma comissão independente, apoiada pela União Europeia e especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) no Equador.

Ao mesmo tempo que Lasso diz estar disposto a negociar, continua caracterizando as manifestações como violentas e assegurando que retiram direitos das maiorias.

Com o decreto de estado de sítio, o chefe do Executivo autorizou o controle das Forças Armadas nas regiões com maior concentração da população indígena do país.

Na última terça-feira (21), o dirigente indígena Byron Guatatoca morreu após sofrer o impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo na cabeça, durante um ato em Pastaza – um das províncias sob estado de exceção.

Na segunda-feira (20), um jovem de 22 anos morreu durante as manifestações na região norte de Quito, segundo a polícia, fruto da queda em uma ponte. Outras quatro pessoas permanecem internadas em estado grave pelo incidente.

 

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