Colaborador de Toni Negri provoca: falta, num mundo em turbulência geopolítica e colapso climático, a força das multidões. Um novo projeto emancipatório pode articulá-la – desde que não se limite a repetir fórmulas dos séculos passados
Por: Sandro Mezzadra e Brett Neilson | Tradução: Livia De Tommasi | Arte: Werner Zitzmann
Para Toni Negri (1933-2023)
Mestre, camarada, amigo
1.
A guerra, como escrevemos em um artigo anterior, está no centro de processos que estão
determinando uma reorganização abrangente do capitalismo em escala global2. O enfraquecimento da hegemonia global estadunidense abre cenários de uma transição tumultuada e incerta, que por muitos motivos são diferentes daqueles que, na história moderna do capitalismo, acompanharam as “transições hegemônicas” anteriores. De fato, não parece surgir no horizonte uma nova potência hegemônica, e é razoável pensar que isso também depende das características atuais do capitalismo. De toda forma, permanece o fato de que uma crise de hegemonia global sempre foi acompanhada por guerras de impacto devastador, as guerras napoleônicas na passagem da hegemonia holandesa para a britânica, as duas guerras mundiais na passagem dessa para a hegemonia estadunidense3. É importante ter em mente esses precedentes históricos para compreender a radicalidade dos desafios que devemos enfrentar hoje. Efetivamente, quando escrevemos o artigo acima citado, considerávamos paradigmático o alcance global da guerra na Ucrânia. Depois do 7 de Outubro, quando a operação do Hamas, cuja violência não nos deixou indiferentes, foi levada a cabo, outra guerra se sobrepôs à anterior. Os bombardeios de Gaza, as operações terrestres do exército de Israel, o massacre intolerável de corpos e vidas palestinas, a distruição da cidade de Gaza, certamente reabriram conflitos relativamente antigos. Ao mesmo tempo, revelaram dimensões inéditas da crise de liderança dos EUA, o surgimento de novos atores regionais e, de forma mais geral, mudanças profundas no sistema internacional.
Não cabe aqui analisar em detalhes o conjunto de processos e transformações que acabamos de mencionar. Mas deve-se reiterar que a centralidade da guerra requer repensar profundamente o internacionalismo, única condição que pode tornar efetiva a rejeição radical da própria guerra e, ao mesmo tempo, a luta pela paz: por uma paz caracterizada pela justiça social, liberdade e igualdade em uma perspectiva que ultrapasse as fronteiras entre as nações e entre os continentes. A oposição à guerra, além disso, tem sido uma característica fundadora do internacionalismo socialista e comunista, pelo menos desde a Conferência de Zimmerwald de 1915. Em anos mais recentes, vivemos a formidável mobilização global em fevereiro de 2003 contra a invasão do Iraque que, embora derrotada, demonstra a possibilidade de uma ação política em escala global. No entanto, estamos convencidos de que a guerra hoje, devido ao sistema internacional em que se insere, tem características muito diferentes não só das que ocorreram no início do século XX, mas também daquelas do início do século XXI. Por isso, parece necessário repensar os fundamentos do internacionalismo, tomando como ponto de partida a necessidade de colocar a rejeição da guerra, como dissemos, dentro de um projeto mais geral que visa remover as próprias causas da guerra. Esta afirmação certamente não é nova; novas são as condições a serem levadas em conta para sua necessária requalificação. Os inéditos significados globais que assumiu a solidariedade com a Palestina nas últimas semanas indicam tanto a necessidade quanto a possibilidade dessa difícil tarefa4.
A rejeição à guerra, nos termos aqui colocados, só pode ser o terreno comum de um novo
internacionalismo se, ao mesmo tempo, trabalharmos teórica e praticamente em uma profunda
renovação da compreensão da luta de classe que continua a representar, para nós, o motor essencial de toda transformação social. Em várias ocasiões temos insistido na necessidade de separar a luta de classe de qualquer “economicismo”, de controvérsias acerca da distinção entre trabalho “produtivo” e “improdutivo”, entre produção e reprodução5. A questão não é propor uma concepção indeterminada de classe mas, isso sim, assumir radicalmente as transformações na composição do trabalho vivo no capitalismo contemporâneo, que fazem da multiplicidade seu traço distintivo e irredutível. Nesse sentido, é preciso reconhecer e valorizar os processos de produção de subjetividades que atravessam essa composição, nos quais se inscrevem dimensões diferentes das que foram tradicionalmente definidas como “econômicas”. Um conceito ampliado e renovado de exploração constitui o instrumento fundamental para delimitar o campo da classe e para colocar o problema de sua transformação em sujeito através da instauração de um antagonismo fundamental6.
São questões que só podemos indicar rapidamente aqui, mas que é importante colocar porque são, para nós, parte integrante de qualquer argumento a favor de um novo internacionalismo.
2.
É desnecessário repetir que o internacionalismo não é algo novo. Enraizado em uma longa história de solidariedade anarquista, socialista e comunista, seu potencial e legado podem ser evocados fazendo referência a lugares como Espanha e Vietnã. Essas ressonâncias históricas são importantes para nós. No entanto, não temos certeza se o termo internacionalismo mantém sua validade hoje. Há, pelo menos, duas razões para essa hesitação. Primeiro, o internacionalismo foi muitas vezes usado para acobertar interesses nacionais específicos, particularmente os da União Soviética, com consequências catastróficas na era de Stalin (o caso da Guerra Civil Espanhola é novamente exemplar). Em segundo lugar, na história do internacionalismo, a ideia de que a nação era a unidade básica para a organização política era tida como certa7. As coisas não eram necessariamente assim na formulação original do conceito. Quando Marx começou a escrever sobre o assunto na década de 1840, o processo de nacionalização do Estado, dos mercados e do mapa político da Europa estava longe de ser concluído na própria Europa. O internacionalismo, nessas condições, representou uma
invenção extraordinária e uma antecipação política. É essa criatividade que se trata de relançar hoje para garantir que um novo internacionalismo, seja qual for seu nome, possa sustentar e relançar as lutas contra as forças imperialistas em nosso presente.
Hoje, estamos diante de uma desarticulação do chamado sistema internacional baseado em regras, que coloca em questão as formas consolidadas do internacionalismo e do próprio cosmopolitismo liberal. É nesse contexto que o gesto marxista deve ser repetido, cientes de que a repetição só pode significar inovação radical. Esse gesto, como assinalou Jacques Derrida em 1993, prefigurou um movimento político organizado – o internacionalismo operário e proletário – que pela primeira vez na história da humanidade “se apresentou como geopolítico, inaugurando assim o espaço que agora é o nosso espaço e que hoje toca suas fronteiras, os confins da terra e do político”8. Hoje estamos além dessas fronteiras, entre outras razões pelo fato de que na época do Antropoceno e do Capitaloceno o planeta se impôs como um conceito e como uma dimensão da experiência distinta daquela indicada pelas noções de globo e de mundo9. Reinventar o internacionalismo também significa incorporar a questão da vulnerabilidade do planeta em seus próprios fundamentos epistêmicos, indo além da alternativa entre “decrescimento” e “ecomodernismo”, que caracteriza os debates contemporâneos, com suas posições conflitantes sobre o desenvolvimento econômico10.
Muitos movimentos fora da Europa e do Ocidente, incluindo os movimentos feministas latino-americanos que discutiremos mais adiante, estão construindo formas de solidariedade
internacionalista que reconhecem como as relações de dependência devastam as ecologias e
contribuem para a exploração dos trabalhadores tanto nas “periferias” quanto nos países que
continuam a se considerar como “centrais”.
Enfatizar a descontinuidade e a necessidade de inovação política radical não significa abandonar as lições do passado. Do ponto de vista do método, ao contrário, uma de nossas fontes essenciais de inspiração é a luta real travada por Lênin nos anos da I Guerra Mundial para entender as características essenciais do imperialismo, uma luta que o levou a redefinir aspectos essenciais da política comunista na Rússia e em escala mundial. Não achamos que a teoria do imperialismo de Lenin possa encontrar uma correspondência literal no mundo de hoje. No século passado, as transformações do capitalismo (e em particular da relação entre Estado e capital) foram muito radicais, e um dos ensinamentos fundamentais de Lênin consiste precisamente em vincular a teoria do imperialismo com as profundas mudanças que afetam o capitalismo, no seu caso, o fim da livre concorrência e a transição iniciada no final do século XIX. É um primeiro ponto que continua a guiar nossa análise, assim como a atenção às lutas anticoloniais que levaram Lênin a descobrir um novo mundo que estava emergindo dos escombros da guerra, e a se despedir do eurocentrismo. É nesse sentido que, para ele, a política comunista se torna uma política mundial. De forma geral, a proposição de incluir fatores “geopolíticos” em sua teoria da luta de classe em uma conjuntura de guerra, devastação e massacres sem precedentes na Europa permanece exemplar (repetimos: do ponto de vista do método). É precisamente essa articulação entre “geopolítica” e lutas sociais que é
mais uma vez crucial hoje em um mundo novamente, mas sob formas diferentes, marcado pela guerra e pela intensificação da competição intercapitalista.
3.
A referência à “geopolítica” é, além disso, indicativa de uma série de processos e problemas em aberto na organização do sistema mundial, que se trata de analisar em uma perspectiva diferente daquela que geralmente se entende por meio desse termo. A geopolítica tem origens históricas precisas na transição entre os séculos XIX e XX, em uma conjuntura caracterizada pela incipiente crise da hegemonia britânica e pela intensificação da competição interimperialista11. Sem discutir em detalhes essa evolução histórica, basta sublinhar que, da maneira como costuma ser praticada e recebida no debate público, a noção de geopolítica tende a se arvorar de uma “objetividade” derivada do que poderia ser definido como um determinismo geográfico substancial: nessa perspectiva, em outras palavras, os sujeitos fundamentais da política mundial não seriam apenas os Estados e, acima de tudo, as grandes potências, como no mainstream do estudo das “relações internacionais”, mas também massas de terra e correntes oceânicas. Estamos longe de negar a influência dos fatores geográficos na política, especialmente na época do Antropoceno e do Capitaloceno, e reconhecemos a importância desse conjunto de correntes de estudo que tomou o nome de “geopolítica crítica”12. No entanto, estamos convencidos da necessidade de levar a sério as questões sobre as quais a geopolítica trabalha, e desenvolver um paradigma teórico diferente para abordá-las do ponto de vista de um novo internacionalismo. É isso que tentamos fazer ao propor a multipolaridade centrífuga e conflituosa como um conceito para definir o estado atual da política mundial. O importante para nós é colocar no centro da análise o processo de formação de polos, que não devem ser lidos como já constituídos e circunscritos por fronteiras estáveis. Nesse processo, não apenas os Estados (em particular, os “imperiais”) desempenham papéis essenciais, mas também uma pluralidade de atores capitalistas, bem como movimentos e lutas sociais13.
É no interior desse cenário, em que Estados e nações continuam desempenhando papéis
importantes, mas sempre sobredeterminados por dinâmicas que os excedem, que se trata de
repensar o internacionalismo. Longe de celebrar a multipolaridade, esta é para nós a forma, não sabemos se transitória, na qual se reorganiza um capitalismo que continua a ser atravessado, caracterizado e constituído por múltiplos processos globais. Sem deixar de considerar a complexidade da formação e da própria constituição desses polos, trata-se de centrar a análise nas lutas e nas dinâmicas sociais em uma perspectiva que permita evidenciar as muitas maneiras pelas quais elas facilitam, alteram e contestam os processos de formação dos polos. Para dar um primeiro exemplo, as grandes lutas em Hong Kong em 2019/20 se desdobraram em um antagonismo social contra as formas assumidas pela lógica da formação de um polo ligado à ascensão da China, contestando em particular a promulgação de uma lei de segurança nacional. Sabemos qual foi o resultado dessas lutas. Mas, também, sabemos que esse resultado poderia ter sido diferente, particularmente se o componente de classe do movimento tivesse surgido em primeiro plano e se este tivesse encontrado ecos na China continental, de acordo com a perspectiva da esquerda de Hong Kong14. Este tema do componente de classe refere-se ao que dissemos anteriormente sobre a necessidade de assumir uma concepção ampliada e renovada de luta de classe como critério decisivo de um novo internacionalismo. Este é um ponto importante, considerando que hoje estão se espalhando posições que, em vez disso, identificam o simples caráter antiocidental de supostos blocos em formação como o elemento fundamental de uma política anti-imperialista. Parece-nos uma tendência a ser fortemente combatida. Vejam o caso do Irã, por exemplo: nunca desistiremos
de nosso apoio apaixonado ao movimento que em 2022 tomou como slogan “mulher, vida e
liberdade”, emprestando-o das mulheres curdas de Rojava, para celebrar o papel do país em um suposto polo anti-imperialista. E isso vale para qualquer luta que tenha tal posicionamento, independentemente do processo de formação de um polo em que está inserida.
Estamos convencidos, no entanto, de que os processos em curso de formação de polos indicam os espaços, móveis e abertos em múltiplas intersecções com outros espaços, dentro dos quais se trata de estabelecer canais de comunicação e organização entre as lutas. Por outro lado, as coordenadas resultantes da ação política podem, ao insistir nas tensões e conflitos que caracterizam os processos de formação de polos, ser facilmente multiplicadas e articuladas com outras experiências de comunicação e organização de lutas, numa perspectiva global que não perca, no entanto, a concretude de seu enraizamento em contextos específicos. As próprias lutas, afinal, têm a capacidade de intervir na produção de novos espaços. Foi o que aconteceu nos últimos 25 anos na América Latina, varrida por uma seuência de revoltas e movimentos desde o final do século passado, abrindo o espaço em que os novos governos “progressistas” se colocaram nos anos seguintes. Apesar dos muitos retrocessos e limitações desses governos, de alguma forma exemplificados pela recente vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas, esse processo continua até hoje, tanto em termos de continuidade na ação dos movimentos quanto na sucessão de governos que tomaram o espaço regional como escala essencial para a luta contra a pobreza e para a gestão da interdependência em nível global. Evidentemente, não se trata aqui de fazer um balanço da experiência destes governos. O que importa é que, devido à ação persistente (e muitas vezes, produtora de conflitos) de movimentos radicais e governos “progressistas”, a América Latina continua sendo um extraordinário laboratório político, no qual, entre outras coisas, hipóteses “reformistas” e “revolucionárias” se confrontam em novas bases. E demonstra, ao menos para nós, o potencial de uma articulação de lutas em nível regional, o que representa uma condição fundamental para um novo internacionalismo.
4.
Haveria muito a acrescentar sobre a América Latina, sobre a geografia multinível de um processo embrionário de formação de um polo caracterizado pela existência de diferentes organizações regionais, pela proliferação de espaços operacionais e infraestruturais do capital, entre outras coisas vinculados à intensificação das atividades de mineração e – particularmente importante – pela presença simultânea dos Estados Unidos e da China. Aqui, no entanto, estamos interessados em chamar a atenção para um movimento social específico, de grande força e originalidade. As grandes mobilizações feministas que começaram em 2015 na Argentina com o slogan Ni Una Menos foram de fato caracterizadas por um ritmo acelerado e um poder de transformação que investiu e inovou o próprio significado do feminismo. A rápida circulação desse movimento, suas palavras de ordem e suas práticas em escala regional levaram à formação de uma dimensão latino-americana da luta feminista por meio de um trabalho de tradução de ferramentas organizacionais e discursos políticos em contextos materiais que muitas vezes são também significativamente heterogêneos. Ao mesmo tempo, o novo feminismo latino-americano gerou ressonâncias poderosas tanto nos Estados Unidos quanto em países do sul da Europa, como Itália e Espanha, lançando as bases para múltiplos encontros e novas formas de comunicação transnacional e transcontinental. O que Veronica Gago chama de “internacional feminista” assenta-se em uma densa rede de corpos em luta, especificidades territoriais e subjetivas e práticas situadas de uma política anticolonial e antirracista que desafia os limites da geometria baseada no Estado-nação sem nunca se tornar abstrata15.
Certamente não apresentamos Ni Una Menos como modelo. Porém, parece-nos que poderia ser um exemplo (um caso exemplar específico) no qual se inspirar para definir alguns traços básicos do novo internacionalismo. Entre outras coisas, achamos importante ir além da impressão generalizada de que o internacionalismo hoje é abstrato, que carece da concretude que caracteriza a luta em um determinado local de trabalho, em uma cidade, em uma nação. Pelo contrário, o internacionalismo hoje não deve apenas estar fundamentado na concretude dessas lutas, mas também deve ser capaz de intensificá-las por meio de práticas que visem abordar os processos globais nos quais o capitalismo se fundamenta – processos que operam em um espaço e tempo diferentes das escalas que acabamos de mencionar. O desafio é pensar de forma diferente sobre o espaço “global”, apreender o potencial “translocal” mesmo nas lutas mais localizadas, combinar o enraizamento da ação política com a atenção constante à circulação e às ressonâncias das lutas além das fronteiras.
Estabelecer os projetos e plataformas de comunicação necessários para potencializar essa circulação e ressonâncias dentro de geometrias variáveis de relações regionais, para facilitar a passagem de mulheres e homens forçados à ilegalidade pelo governo das migrações, para relacionar lutas feministas, antirracistas, pela justiça climática e lutas trabalhistas é uma tarefa essencial, hoje, na perspectiva de construir o esqueleto infraestrutural de um novo internacionalismo.
Repetimos que não sabemos se internacionalismo será um nome válido para enfrentar os desafios que nos esperam. Nós o usamos temporariamente, conscientes do fato de que, independentemente dos nomes, o problema do internacionalismo continua sendo fundamental. É necessário forjar uma linguagem política capaz de se referir efetivamente às condições profundamente heterogêneas de dominação e exploração em diferentes partes do mundo, ao mesmo tempo em que se articula um desejo comum de libertação. É uma formulação que pode parecer simples, mas estamos conscientes de que ela apresenta grandes problemas tanto teóricos quanto políticos, a começar pela própria possibilidade de postular um “desejo comum de libertação”. Pode tal desejo ser formulado em termos universais, tendo em conta a intensidade dos debates críticos dos últimos anos sobre o universalismo?16 Perguntas como essa podem ser multiplicadas. Aqui, para concluir, basta dizer que a construção de uma nova linguagem internacionalista é a condição para imaginar uma vida além da dominação do capital – e vice-versa. Certamente não é uma tarefa que pode ser realizada individualmente por intelectuais ou ativistas políticos, mas requer um trabalho coletivo alimentado por experiências heterogêneas, com o objetivo de definir um conjunto de princípios e conceitos a
serem traduzidos em diferentes contextos materiais e geográficos. Nesse sentido, podemos nos referir a Gramsci, às suas intensas reflexões sobre a “traduzibilidade” das linguagens filosóficas e científicas, para indicar a possibilidade de uma política internacionalista de tradução que assuma o alcance universal de todo conceito político não como algo dado, mas como uma aposta – como algo que deve ser continuamente verificado diante de múltiplas e específicas situações concretas17. Só assim o mundo em que vivemos, um mundo atormentado pela guerra, pela pobreza e por múltiplas crises, pode voltar a ser “um mundo a ganhar”.
Veja em: https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/por-um-novo-internacionalismo/
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