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Brasil cai dez posições em ranking mundial de paz

País ocupa agora o 126º lugar entre 163 nações avaliadas no Índice Global da Paz. Mortes violentas e conflitos armados são os indicadores mais graves, mas polarização política também contribuiu para a queda.

O Brasil caiu dez posições na edição de 2020 do Índice Global da Paz, ocupando agora o 126º lugar entre os 163 países avaliados no ranking. O relatório é elaborado pelo Instituto para a Economia e Paz (IEP), da Austrália, e foi divulgado nesta quarta-feira (10/06).

Segundo o levantamento, o mundo de modo geral se tornou menos pacífico, com uma tendência de aumento nas tensões geradas pelas crises política e econômica, agravadas pela pandemia de covid-19.

O coronavírus é citado pelo estudo como um fator que poderá gerar uma piora na situação da paz mundial, com o aumento da falta de confiança em instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS). A atuação da OMS na pandemia foi fortemente criticada pelo governo dos Estados Unidos, que retirou o país da entidade. O agravamento dos conflitos entre Washington e Pequim também contribui para a insegurança.

Além disso, os impactos da forte crise econômica gerada pela covid-19 devem afetar a cadeia de produção de alimentos e a capacidade dos países em desenvolvimento de se recuperarem da recessão, juntamente a um aumento na instabilidade política que já foi observado nos últimos anos.

“O impacto econômico da covid-19 reforça as tensões fundamentais da década passada: polarização, desemprego e falta de apoio aos líderes políticos”, afirma Serge Stroobants, diretor do IEP, citado pelo portal de notícias G1.

No caso do Brasil, foi mantida a tendência de queda que já vinha desde o ano passado, quando o país também despencou dez posições e era avaliado como sendo de “estado médio”. Neste ano, a nova queda no ranking mudou a avaliação para “estado baixo”.

O Brasil teve queda acentuada em nove dos 23 indicadores avaliados pelo ranking, o que explica a queda de dez posições. Entre os fatores que contribuíram para o pior rendimento do país estão as mortes violentas, confrontos envolvendo o tráfico de drogas e o alto índice de encarceramento.

Além disso, o país está entre os dez com maiores taxas de homicídio e, segundo o levantamento, não há perspectivas de melhora. A polarização no cenário político, principalmente após a eleição de Jair Bolsonaro, deve se manter em alta.

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