Expansão do Brics é ‘sem critérios’ e pode prejudicar Brasil, diz criador do termo
24/agosto/20230
Por: Luís Barrucho | Créditos da foto: Chatham House. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram ‘convidados’ a fazer parte do Brics como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024
Criador do termo Bric (ainda sem a África do Sul), o economista britânico Jim O’Neill descreveu o anúncio de expansão do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como “sem critério” e diz acreditar que o Brasil pode perder influência dentro do grupo.
Nesta quinta-feira (24/8), último dia da 15ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo, na África do Sul, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou que Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita foram convidados a aderir ao bloco — a vinculação definitiva começa em 1º de janeiro de 2024.
“Continuo sem saber o que os Brics pretendem alcançar, além de um simbolismo poderoso”, disse O’Neill à BBC News Brasil.
“Isso fica óbvio com a escolha do Irã, por exemplo. Diria que pode até tornar as coisas mais difíceis”, complementou.
O’Neill, que hoje é conselheiro sênior do think tank britânico Chatham House, cunhou o acrônimo Bric num relatório do Goldman Sachs em 2001 para destacar, na ocasião, o potencial econômico de Brasil, Rússia, Índia e China, e a necessidade de a governação econômica e política global ser remodelada para incluí-los.
Os próprios países abraçaram o termo e começaram a realizar cúpulas em 2009. Depois, a África do Sul se juntou ao grupo, que passou a ser chamado Brics.
Confira os principais trechos da entrevista de O’Neill concedida por telefone à BBC News Brasil.
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