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O trágico mapa das cidades mais vulneráveis à covid-19

Presença de idosos não é principal fator. Alta densidade demográfica, más condições de saneamento e precarização do trabalho ajudam a identificar municípios de altíssimo risco. Lista expõe urbanização desastrosa do Brasil

Por Erick Gimenes, no Brasil de Fato

Populações envelhecidas e amontoadas, alto índice de informalidade e estrutura sanitária em ruínas formam a combinação trágica para que municípios pequenos e médios estejam no topo da cadeia dos mais frágeis ao novo coronavírus no Brasil.

Um estudo conduzido pelo geógrafo e cientista de dados Ronnie Aldrin Silva, divulgado pela Fundação Perseu Abramo, aponta que, entre os 30 municípios mais vulneráveis à covid-19, apenas quatro tem mais que 500 mil habitantes. A maioria tem alto índice de pobreza e favelização de moradores. Entre as capitais, só Fortaleza aparece na lista dos primeiros.

::Veja a lista completa de municípios::

Ronnie é autor de publicações sobre as temáticas de exclusão social, mercado de trabalho e gestão pública e construiu a análise com base em microdados públicos fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o autor, a análise não leva em conta os números de casos atuais divulgados pelo Ministério da Saúde em nem pretende fazer projeções de doentes. A ideia é apontar quão exposto está cada município para que, a partir das mazelas estruturais diagnosticadas, as autoridades saibam por onde começar a lidar com a doença.

“O objetivo principal é auxiliar o gestor público para ver em que situação de fragilidade, de vulnerabilidade, está o município dele para um eventual alastramento do coronavírus. E para que ele tome atitudes de prevenção, uma vez que é de conhecimento universal que, quanto antes você atuar, menores vão ser os efeitos na sua população”, explica Aldrin.

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